sábado, 20 de outubro de 2012

277# Cinema: Extremely Loud & Incredibly Close - 7#



Sinopse: "Oskar Schell, de 11 anos, é uma criança excepcional: inventor amador, francófilo, pacifista. Depois de encontrar uma misteriosa chave que pertencia ao seu pai, que morreu no 11 de Setembro no Wall Trade Center, ele embarca numa excepcional viagem – uma urgente e secreta pesquisa através dos cinco distritos de Nova Iorque. Enquanto vagueia pela cidade, Oskar encontra uma grande variedade de diferentes pessoas, cada uma sobrevivente no seu próprio modo. No final, a viagem de Oskar termina onde começa, mas com o consolo da maior experiência humana: o amor."


Opinião: Não li o livro, só vi o filme, ainda a bocado, para dizer a verdade, porém, assim que puder e recordar-me, procurarei pela obra.
As cenas aqui aqui temos, as personagens, as histórias que parecem ficar por contar, o modo como esta película puxa pelo nosso sentido moral, pela nossa atenção... Este filme tem qualquer coisa de especial.
Inicialmente, não me deixei levar pelo Oskar Schell, o nosso protagonista. Não sei porquê, mas não esperava uma personagem tão adulta de pensamento, tão inteligente e frágil. Acredito que esperava uma criança. Contudo, ele bem afirmou "O meu pai nunca me tratou como uma criança." E fez bem, porque criou um grande pensador. Excelente na verdade.
Como todas as obras, esta tem as suas partes óbvias, mas, outras, nem tanto. Fez-me rir, sorrir, esperar e sorrir de tristeza, mesmo no seu final. Se fosse mais sensível, chorava.
Toda esta história é uma lição de vida. A todos os níveis, em todos os sentidos, sem exceções. É  uma lição de insistência, inteligência, procura e de encontros.
Aqui, a frase "não entramos na vida das pessoas por acaso", adequa-se na perfeição, pois, em todas as portas em que ele bateu e, por todas aquelas por onde ele entrou, alguma coisa mudou nele e na pessoa que o viu chegar.
Uma das cenas mais engraçadas, e o termo engraçado não é o mais correto, todavia é aquele que me vem agora à mente, é quando vejo a persistência da criança, o Oskar. Quando entendo a sua luta interior, experior e pessoal, pelo seu pai, que já morreu,  e ao  seu lado, tem o avô, que, devido ao medo, não teve a capacidade de cuidar do filho que teve e, mais tarde, não conseguiu assumir a sua relação com o neto, fugindo.
Este filme, que não tem mais do que duas horas e meia, é algo que aconselho a ver. De olhos bem abertos, tal como a mente.
Outra coisa que me agrada, é o seguinte:
Nem sempre ganhamos na vida. É um dos factos mais certos de todos  aqueles que possamos conhecer. No entanto, a ideia de perder qualquer coisa, não deve ser seguida pela sensação de que se perdeu tudo. Oskar Schell, no final, ao escrever a carta para todos aqueles que encontrou durante a sua busca, diz:
 "Talvez lhes interessa saber, mas a chave não era feita para mim Era para o Sr. William Black, que talvez precisasse dela mais do que eu. Fiquei decepcionado, obviamente. Mas, honestamente, estou feliz por estar onde deve estar. Até estou feliz com a minha decepção, que é muito melhor do que não ter nada. O meu pai disse-me que Nova York teve um 6º Bairro que ficou à deriva. Tentaram salvá-lo, mas não conseguiram e não vai voltar, nunca mais. Por mais que eu queira, também, o meu pai não vai voltar, nunca mais. E eu achava que não podia viver sem ele. Mas agora, sei que posso. Acho que o meu pai ficaria orgulhoso disso. Que é tudo que eu sempre quis."






Sem mais a dizer, 
Nameless

3 comentários:

  1. Hello!
    Olha, o fim é triste? Não costumo chorar ao ver filmes, mas sim a ler livros, porém... Se tiver um final triste não vejo, mesmo que a história pareça interessante.
    Beijos*

    ResponderEliminar
  2. Olá Alyra! Não, o final não é triste. Por isso, vê o filme.
    Vale a pena.

    Bom fim-de-semana.

    ResponderEliminar
  3. Belas palavras Valentina. Adorei o filme realmente muito bom. Vou procurar pelo livro sei que será uma ótima leitura.

    Abs

    ResponderEliminar

"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire