domingo, 23 de dezembro de 2012

358# Escrever: Organização - 22#

Adoro escrever! Acho que isso já se tornou óbvio aqui no blog. No entanto, quando me perguntam se faria disto a minha vida, tenho de dizer que não. Escrevo porque preciso, poque é um escape, é a minha imaginação a falar e as palavras que vou engolindo. Tudo aquilo que nós redigimos, acaba por ser a nossa visão do mundo em relação a alguma coisa e, honestamente, eu, não conseguiria escrever tudo o que vejo para ganhar um punhado de moedas. Não. Nunca escrevi com a ideia de ter dinheiro em mente e, duvido que o faça futuramente, pois, aí, deixarei de fazer o que faço por paixão. 
Neste momento, estou concentrada em termonar três histórias: A Violinista, a QEM e a PdF- Magia.
A primeira história já é conhecida aqui no blog, sigam a hiperligação. A QEM (sigla da história), trata-se de um romance adolescente sobre duas pessoas que se apaixonaram, separaram-se, esqueceram-se e reencontram-se, anos mais tarde, em situações completamente distintas daquelas que antes viviam. Eles não se reconhecem e apaixonam-se novamente um pelo outro, mas como é óbvio as coisas não correm bem e há problemas pelo meio e, possivelmente, o final não é feliz. Esta história está terminada. Tem um final escrito e vê-se pronta para ficar na minha estante, numa bela capinha, porém, eu quero alterar alguns pontos desta história, principalmente o final existente. Logo, ao trabalho!
Depois sou capaz de deixar aqui o prólogo para que me deem a vossa opinião.
A PdF - Magia é sobre feiticeiros. 
Adoro Feiticeiros devido a Debra Doyle e James McDonalds. Li as aventuras de Randal e adorei. Foi a sua primeira aventura que me fez ganhar o gosto pela leitura e os livros seguintes trouxeram-me aonde estou agora.
Mas seguindo... A PdF - Magia conta a história de duas irmãs e da sua família. Em como elas são perseguidas por terem o nome que têm. 
Ao fim de se manterem a salvo, vão passando de cidade em cidade até que a irmã  mais velha arranja uma forma de pedir ajuda ao seu padrinho e, desse modo, ele ajuda-as a manterem-se a salvo. No entanto, ao final de dez anos, quando todos pensam que o perigo passou, este volta a surgir de um modo diferente que fará com que uma das irmãs siga pelo caminho errado.
A história tem pelo menos uma pequena aventura em cada capítulo e, pessoalmente, não acho que seja ua história negra, não adequado a crianças. Talvez a  pseudo-pessoas a partir dos doze anos.
A medida que vou escrevemdo vão surgindo dúvidas, porque acho que estou a queimar tempo, ou estou a ser pouco original, ou acho que não sigo pelo caminho certo. Contudo, sei também que o que estou a criar é um esboço. Quando penso desse modo, os receios parecem sumir um pouco e ganho mais alguma coragem para seguir com a ideia. O problema desta história é que é a primeira de quatro partes e posso dizer que esta é a ideia mais complicada que tenho para escrever, pois não tenho um personagem principal concreto. Em cada parte da narrativa tenho duas personagens principais. Mais tarde conhecê-las-ão. Deixo aqui pequenas fichas sobre as minhas personagens e um excerto do que ando a escrever.
Agora... o que hoje me apeteceu escrever é o meu método de trabalho, ou parte dele. O resto deste post vai funcionar, em parte, como digas, como crítica, como modo de opinião... enfim, de x maneiras.
Antes de começar a escrever, tenho de pensar no que é que quero escrever, ou seja, no enredo. Geralmente, nem matuto sobre isso, a ideia surge-me e vou trabalhando até bloquear. E como é que a trabalho? Ao fim de três pares de anos, isto já faz parte do meu dia-a-dia. 
  Decido o género que quero escrever. No caso destas duas histórias trata-se do género Fantástico e Aventura;
  Organizo as minhas ideias em tópicos, mesmo que não tenham uma ordem certa, ao fim de saber os pontos que quero abordar;
  Não penso na perfeição da história quando estou a colocar as ideias no papel - o contrário se sucede quando estou a escrever um capítulo ou uma cena;
  Decido todas as personagens que entrarão na história e o papel de cada uma delas, para que não tenha cenas a encher. Gosto de ser direta, mas não muito direta;
  Partilho as minhas ideias com quem gosta de ler e escrever, para saber as suas opiniões;
  Meio segura do que quero, escrevo os capítulos base da história, de forma muito resumida e, entretanto, vou verificando o envolvimento de todas as personagens. Ninguém pode ser deixado para trás, a não ser que morra;
  Mentalizo-me de que apenas escrevo sobre o que gosto e não sobre o que os outros gostam. Procurar escrever sobre o que os outros gostam e não sobre o que nos interessa, é o primeiro passo para abandonar a história em que estou a trabalhar.
  Começo a desenvolver a história. A mão, no computador, onde quer que seja, usando como base os capítulos minimamente resumidos. Não os escrevo ao pomenor porque apenas necessito de saber as ideias mais importantes e, a partir daí, deixo a minha imaginação trabalhar.
9º   Confio na minha intuição. Se acho que estou a seguir pelo caminho certo, continuo o que estou a fazer, embora pondere sobre outras opções.
10º   Acredito no que escrevo. Mesmo que a minha ideia não seja publicar a história, dou-a. Para cada uma das minhas ideias surge uma pessoa na minha mente para a ler. Por isso, um dos meus objetivos será fazê-la acreditar naquilo que escrevi, mesmo que eu mesma não o creia. Isto é, tenho de ser credível no que escrevo, para que os outros vejam as coisas como eu visualizei.
11º   Escrevo o primeiro capítulo de cada história em, pelo menos, dois pontos de vista. Por vezes nem chega a ser um capítulo, mas sim três parágrafos, ou quatro.
O ponto de vista em que a história vai ser escrita, é uma das coisas mais importantes de todo o enredo, porque as palavras terão de nos fazer embrenhar no que está a ser contado. Se o POV (point of view) for mal escolhido, a narração também pode ficam mal escrita.
12º   Começo a história com algum impacto. Uma narrativa que, desde o início nos promete qualquer coisa, ou um grande romance, ou uma bela aventura, ou um mistério de nos fazer arrancar cabelos, ou mesmo uma personagem que nos interessa, é muito mais chamativa do que uma que nos fala sobre o tempo e os relâmpagos que caiam e rebentavam fazendo toda a gente arrepiar-se. Por favor! Começar uma história a falar sobre o tempo que nada interessa, para mim, é do pior que há. Falemos de qualquer coisa que nos interesse e seja importante.
13º   Se bloquear, leio e releio o que já escrevi e rescrevo o que for necessário rescrever. Honestamente, toda a gente que faz algo por puro gosto, busca pela perfeição. Eu, embora uma bela amadora no mundo da escrita, procuro pelo meu ponto de perfeição em cada parágrafo criado. Nem sempre o fiz, mas vou sempre fazê-lo. Isto, porque quero o melhor para mim e para o 
14º   Leio a história em voz alta. Ao fazê-lo, damos conta dos nossos erros e torna-se mas fácil marcar e corrigir a pontuação, devido ao ritmo da leitura.
15º   Não queimo tempo. Na vida não gostamos de perder tempo e, quando criamos uma personagem, temos de ter noção que elas agirão como pessoas, logo, para quê fazê-la perder três horas a olhar para uma parede em branco? Não tem sentido, pois não?
Uma personagem mole irrita qualquer leitor. Recordam-se da Bella de Twilight? Das críticas que ela recebeu? Grande parte caiam sobre o facto de ela quase não ter vida, parecer um fantoche.
Eu adoro personagens que, apesar de fracas, reagem.

E por hoje, é tudo. Deixo aqui parte do meu método de trabalho que nem sempre é seguido à risca, mas que, quando bem usado, dá-me bons resultados. (Os meus trabalhos de Português que o digam).
Nota da Nameless: A QEM e a PdF não têm os seus nomes escritos, pois tenho pessoas conhecidas que seguem o meu blog e não sabem que sou eu quem escreve nele. Como conhecem as histórias, não quero que comecem a seguir os posts com outras intenções. 


Com a imaginação não há limites.
Estão a espera do quê para sonhar?
Nameless

1 comentário:

  1. Eu cá adoraria fazer da escrita a minha vida :D Claro que escrevo porque adoro e não para conseguir fazer dinheiro com isso, mas, se conseguisse, seria um sonho :D
    Acho que não sigo nenhum método no que toca à escrita. Uma história inteira desenrola-se na minha cabeça em segundos (mas é raro isso acontecer xD) e depois nunca mais sai de lá. Depois vou escrevendo aos poucos...sem resumos, sem esboços, sem nada...o que pode ser um pouco arriscado, uma vez que me posso esquecer de algum pormenor que tinha idealizado para a história xD Mas algumas coisas temos em comum: escrever o que queremos e, aquando de um bloqueio, reler o que está feito =)

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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire