segunda-feira, 5 de novembro de 2012

302# Escola: Aulas de História - 8#


  Confesso que já gostei mais da escola. E também confesso que já me vi mais interessada e entusiasmada. Isso não quer dizer que, no meu último ano no secundário, vou deitar tudo a perder, não. Quer dizer que vou ter de usar o dobro do meu entusiasmo e vontade para me levantar as seis e meia.
  Ultimamente passam-me mil e uma coisas pela mente. Desde o curso a escolher a assuntos que deviam estar mortos e enterrados há anos. Estupidamente, tudo isto distrai-me. Porém, o que me irritou hoje, foi, mais uma vez, como é hábito, a stôra de História.
  Hoje dois grupos apresentaram os trabalhos e eu estava mais para o cantinho dos meus pensamentos, no entanto, estava a ouvir. Tinha a cabeça baixa e voltada para o A., que também estava absorto deste mundo, mas completamente desatento. Entrementes, ele fita-me pelo canto do olho e pergunta: Que dia é hoje? Eu respondo-lhe que é dia cinco e volto a cara para o outro lado, para ver em que pé andava o trabalho. Depois disso, quase que não lhe falei, apenas trocamos duas palavras quando as nossa colegas pediram-nos para abrir o livro e ler a legenda de uma imagem relacionada com o trabalho.
  No final a apresentação, a professora pediu a cada grupo para dizer o que achou sobre a apresentação feita e, quando chegou ao meu, fez uma observação deveras engraçada:
Prof. - A Nameless  que costumava sentar-se aqui a frente e tinha o hábito de ser tão calada não se calou desde que a aula começou.
Nameless - (Eu com um ar genuinamente chocado) O quê? Eu não abri a boca durante a aula toda!
Prof. - Abriste pois, porque vi-te a falar com o A.
Nameless - Setôra, ele perguntou-me o dia e eu disse-lhe que hoje é dia cinco de novembro.
Prof. - Só isso?
Nameless - Sim, só isso. Estivemos praticamente calados durante toda a aula.
P. -Stôra, acho que viu mal, porque a Nameless esteve mais a dormir do que a falar.
Prof. - Então estão-me a dizer que o A. fala sozinho?
A. - (Com a maior naturalidade do mundo) As vezes.
(Risos por toda a sala. Quase toda, eu não me riu no momento.)
Prof. - Está bem então, diz o que é que o teu grupo achou sobre o trabalho.

  Respirei fundo, respondi-lhe o mais rapidamente possível, fiz uma pergunta e calei-me. Este ano isto vai ser lindo. Estou mesmo a ver que, quando receber o teste, vai dizer que tive negativa por causa da conversa - que é "imensa".
  A mulher é uma cabra, não a suporto mais ano algum. Sete meses a aturá-la vai ser giro. Mudando-me ou não de lugar, coisa que ela disse que ia fazer por me ter apanhado distraída uma vez em três anos, as minhas notas vã subir. Logo, faça ela o que fizer, sei que não terá razão alguma em nada do que diz. Se ainda desse matéria em vez de passar filmes como "Meia noite em Paris", para consolidarmos uma matéria que já saiu para o teste, eu teria mais gosto em me levantar da cama e ir para a aula assitir a uma das suas lições.

Boa semana, Nameless

3 comentários:

  1. Pessoalmente, de-tes-to história. Ao ter uma professora dessas (ainda bem que a minha é espectacular!) eu morria ou tinha uma ataque qualquer. Essa professora ia-me tirar do sério.
    Boa sorte; respira fundo e não ligues ao que ela diz.
    Beijos*

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  2. O secundário foi também a minha dor de cabeça por causa do curso que queria, ou melhor, do leque que tinha para escolher e os profs também pegavam comigo, não muito, mas pegavam. O que é melhor fazeres com eles é usar uma boa dose de sarcasmo que eles ficam a pensar que estavas a gozar mas estás a falar a sério. Resultava com os meus ;) Obrigada pelo teu comentário! ^^ Oh, fico feliz que te tenha interessado! beijinho!

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  3. Hayley, olá!
    Acredita, da minha parte, sarcasmo é o que não falta.
    Estou mesmo é farta das aulas de História, na verdade, este ano a minha paciência para o secundário está a morrer. Mas vá... Um pouco de esforço e não morro.


    Alyra, eu amo, adoro História Respiraria História se pudesse, mas não posso, não este ano. Não dá, é insuportável... Tenho de sobreviver a este ano e terminar com uma boa média.
    Vou respirar fundo e sobreviver! Como? Hei de descobrir!

    Love, Nameless

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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire