Livro: Gente Vazia
Autor: Brian Keany
Editora: 1001 Mundos
Sinopse: "Dante é um moço de cozinha na Ilha de Tarnagar, uma comunidade dominada pelos pensamentos do Dr. Sigmundus. Sonhar fará com que seja internado num asilo e os adultos drogam-se com Icór. Dante vive atormentado com o facto da mãe se ter suicidado, mas quando se torna amigo de Bea, filha de um médico, e do misterioso prisioneiro político Semiramis, descobre uma versão bem diferente dos acontecimentos. Os três fogem através de um mar cheio de perigos e juntam-se à resistência. Drogas, hipnose e o forte poder da pressão do poder dos pares entram em jogo a medida que Dante e Bea lutam para sair de um círculo do Inferno e descobrem que o mundo é uma ilusão. Trata-se de um trabalho de escrita notável, centrando-se na atmosfera e nos sentimentos vividos pelos perturbados protagonistas adolescentes. Embora sendo a primeira parte de uma trilogia, termine e nos deixe a beira de um precipício, Gente Vazia é o tipo de livro que faz valer o peso da Literatura Fantástica."
Opinião:
Gente Vazia, não é o melhor livro que já li, porém, proporcionou-me um bom tempo nas minhas viagens de metro e autocarro. Li-o em uma semana, como geralmente faço com um livro durante o tempo de aulas.
O que me chamou a atenção, para esta obra, foi a sinopse, pois é cativante, dá a ideia de que vamos entrar numa aventura fantástica. Mas não! Não é exatamente isto que acontece. Damos connosco, na verdade, no início de uma aventura, que pode, ou talvez não, a vir ser fantástica.
Analisando, passo a passo, a sinopse: "Dante é um moço de cozinha na Ilha de Tarnagar, uma comunidade dominada
pelos pensamentos do Dr. Sigmundus." Sim. Até aqui está tudo bem, nada de errado nem excessivo.
"Sonhar fará com que seja internado
num asilo e os adultos drogam-se com Icór. Dante vive atormentado com o
facto da mãe se ter suicidado, mas quando se torna amigo de Bea, filha
de um médico, e do misterioso prisioneiro político Semiramis, descobre
uma versão bem diferente dos acontecimentos." Honestamente, gostava que esta ideia de, "sonhar é proibido", fosse mais trabalhada. A obra não oferece uma grande ideia de como é que as pessoas vão parar ao Esilo, como é que sabem que eles ainda sonham e por que é que, os que sonham, agem de modo tão distinto e não conseguem disfarçar. Isto, quando, Dante, conseguiu disfarçar e consegueria por muito mais tempo, se não fosse o seu envolvimento com Bea.
Realmente, o envolvimento com Semiramis altera o curso da vida do Dante, ajudando-o a passar de nada para quase tudo.
"Os três fogem através de um
mar cheio de perigos e juntam-se à resistência. Drogas, hipnose e o
forte poder da pressão do poder dos pares entram em jogo a medida que
Dante e Bea lutam para sair de um círculo do Inferno e descobrem que o
mundo é uma ilusão."
Okay, isto é um exagero! Mas é que é um puro exagero. Eles saem de Tarnagar, todavia, não passaram por tantos perigos. Drogas? A única que surge é Icór e, esta, é administrada a todos os habitantes da cidade, para que sejam mais fáceis de controlar e manipular. Hipnose? Acho que me perdi nesta parte. Juro, não me lembro d eterem falado de hipnose, corrijam-me se estiver errada. Lutam para sair de um círculo de Inferno... --'' Leiam o livro e descubram onde é que esta definição se encaixa, que eu não encontro a resposta. O máximo que poderiam considerar um Inferno, era Tarnagar, mas eles saem dela. Mas vá, eles descobrem o mundo da ilusão. Alguma coisa certa nesta zona da sinopse.
"Trata-se
de um trabalho de escrita notável,
centrando-se na atmosfera e nos sentimentos vividos pelos perturbados
protagonistas adolescentes. Embora sendo a primeira parte de uma
trilogia, termine e nos deixe a beira de um precipício, Gente Vazia é o
tipo de livro que faz valer o peso da Literatura Fantástica."
Não sei se sou só eu, mas acredito que a frase marcada está a mais, ou mal construída. Não sei, acho que é por não escrever sinopses.
Ultrapassando agora a esta parte, posso dizer que gostei das personagens, não possuem nada de único, que os diferencie, porém, são agradáveis. Foi-me estranho não haver alguém para odiar, ou dizer que é realmente um vilão, que, neste caso, era o Dr. Sigmundos. Contudo, este é passivo, quase inexistente, até o final da história.
O pior ponto deste livro, teve a ver com a tradução. Faltam palavras! Em alguns pontos da história, tive de parar o meu raciocínio, reler e entender que alguma coisa estava mal.
Espero que melhorem este aspeto nas próximas edições.
Enfim, não se deixem levar de todo pela minha opinião, leiam o livro e decidam por vocês mesmos.
Boas Leituras.
Nameless
Olá!
ResponderEliminarAlgo que me irritou imenso foi faltarem palavras! Por vezes eu também tive de voltar a ler a frase para entender o que era pretendido dizer-se.
Eu cá gostei imenso de ler esta trilogia. Não é marcante, algumas cenas estão pouco desenvolvidas/trabalhadas, o que é uma pena, todavia parece-me que o autor estava entusiasmado ao criar este mundo novo. Isso, apesar de parecer um motivo reles, tornou a leitura agradável. As frases fluem, o tempo passa e nem dou por isso. Foi realmente uma boa compra!
Vais ver que o segundo volume é melhor o terceiro ainda mais (excepto o fim, que achei um bocado pobre).
Boas leituras!
Beijos, Alyra*
Alyra, atualmente, os livros têm vindo a ter cada vez menos qualidade. Encontram-se cheios de erros e falta de palavras. Que nervos!
ResponderEliminarO livro não é mau de todo, a sinopse é que é uma bela hiperbole do que acontece na obra. Mas enfim, é para vender e isso consegue-se bem.
Espero, sinceramente, os próximos livros melhorem, porque gostava que as ideias fossem mais exploradas e trabalhada.
Boas leituras!