Neste lado do céu muito se vê, desde as crianças a passar aos adultos
apressados para o seu mundo de faz de conta:
faz-de-conta-que-amanhã-comes-dinheiro. No entanto, não vejo o teu pedacinho de
céu, não vejo as tuas roupas a voar ao sabor do vento, nem oiço a tua voz que,
com certeza é carregada pelo vento.
Por esta altura deves estar grande e bem longe de chegar a este céu, de
vaguear pelo ar e perder o corpo, para partir com a alma. Ainda bem que assim
é, porque terias saudades da terra, como eu tenho.
Neste pedaço de céu, tenho saudades do teu corpo de bebé, das tuas mãos
pequenos e do sorriso mais lindo do mundo. Dos olhos brilhantes e as bochechas
carregadas de rubor. Deste lado do céu, neste pedado de céu, sinto-me só, mas
feliz por saber que não ve vez, daí, desse teu lado do mundo.
Sorte nº17, Nameless
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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire