245# 100: Fantasia - 9#
E caiu-me nas mãos, pequena, leve, parecia o ar. As suas
asas tremiam, como uma criança gelada, que tinha caído a um rio. Afaguei-a com
um dedo e aqueci-a com o meu bafo. Mexeu-se. Voltei a soprar e a esfregar as
suas pernas com um dedo. Queria que ela vivesse, precisava que ela resistisse. Porque,
como ela disse, por cada fada que morre, uma criança deixa de acreditar no
mundo em que elas viviam. Soprei mais uma vez, com mais força, mais cuidado. E
ela mexeu-se, ergueu-se e sorriu. Piscou os olhos brilhantes e voltou a cair,
desta vez adormecida. Confiando em mim.
Sorte nº17, Nameless
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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire