X: Ah… E eles já coiso?
Y: Claro, então andam há quase três anos.
Y: Claro, então andam há quase três anos.
U: Tens aquela coisa que encaixa naquilo que me deste no outro dia?
V: Hum… De que coisa é que estás a falar?
U: Aquela coisa… Pá, não sei o nome, mas tu sabes o que é.
E assim adiante.
Não sei se sou eu ou se são os outros, porém, a população de hoje em dia tem um sério problema se vocabulário. O meu professor de Psicologia diz que é uma questão de preguiça por parte do nosso cérebro, eu digo que é uma questão de estupidez. Espero não ofender ninguém, se o fizer não peço desculpas, porque é a minha opinião e esta não vai mudar. E porquê? Porque, se tudo neste mundo tem um nome, ou quase tudo, pois não duvido nada que existam coisas por descobrir, porquê apelidá-las por coisa, coisinha e aquilo? Pessoalmente, não por hábito falar assim. Graças a Deus, como diz uma colega minha. Felizmente, sou fã do vocabulário diversificado, mesmo quando a preguiça grita-me aos ouvidos.
Não há coisa, nem coisinha. É o nome do objeto, animal ou pessoa. Ou então, sejam simpáticos e alterem o substantivo a que se referem por outro que seja mais apropriado. Acreditem em mim, os trabalhadores das lojas onde fazem compras agradecem a clareza das vossas palavras.
Além da troca de vocábulos, adoraria entender por que é que as pessoas têm tantos tabus, preconceitos, vergonhas, o que lhe quiserem chamar em relação ao sexo. Minha gente. Sexo é a coisa mais natural do mundo – palavras do meu professor de Português do ano passado. Como é que acham que vieram ao mundo? Sim, claro que hoje em dia uns são fabricados em tubos de ensaio, mas foquemo-nos no que é natural. Dizer a palavra sexo na rua, num café ou em outro sítio qualquer, ainda não é crime. Claro que chama a atenção, mas, minha gente, é só uma palavra. Se não for, bem… tenho de admitir que sou uma pessoa que tem por hábito falar de qualquer coisa sem se importar muito com o que vai na mente dos outros. Se me importasse, não teria metade das conversas de sala de aula e intervalo que tenho com os meus quatro rapazes.
Falando em rapazes, recordo-me das raparigas. Digam-me, para quê tanto pudor? Não são seres sexuais? Para quê o medo miudinho ao falar de tudo que é sexual? Se têm coragem de dizer que comiam um gajo todo por que é que não dizem que eram capazes de fazer sexo com ele? A linguagem porca é mais acessível? É que se um gajo falar-vos de forma menos correta, passam-se de certeza. E não me venham com histórias de que os homens é que são uns porcos. Não, minhas caras, o que eles têm é coragem de aumentarem a sua liberdade sexual. Claro que há um ou outro que acham que uma rapariga/mulher que fala de sexo é uma porca. No entanto eles têm fetiches por menages e nós, sexo feminino, não os andamos a julgar, penso.
Para não me alongar mais, digo-vos, minha gente, por favor, já são crescidinhos, se vão falar de alguma coisa, pelo menos usem os nomes corretos. Não afirmamos todos estar num século de inovações e faltas de vergonhas. Então façam das palavras atos!
Boa semana!
Nameless