Olá! Olá! Hoje, depois de algum tempo sem aparecer por aqui, trago a Ana C. Nunes, a dona do blog Capala,
onde fala sobre a sua escrita e o processo da escrita dos seus livros.
Encontrarão muito mais conteúdo que, pessoalmente, considero
interessante atrativo. Visitem, comentem e sigam.
1- Nome:
Ana Nunes
2 - Idade:
28
3 – Na tua opinião, qual foi a coisa mais fascinante que já fizeste?
O
Fascínio não é algo que faça muito parte da minha vida, infelizmente.
Nunca fiz nenhuma grande viagem, tive grandes aventuras ou vivi um
romance de novela, por isso esta resposta é difícil. Como me contento
com coisas bem mais mundanas, terei de dizer que foi visitar Portugal,
enquanto fazia campismo. Não de lés a lés, como bem queria, mas conheci
lugares espectaculares e isso para mim é fascinante suficiente.
4 - Qual é a idade que mais te assusta?
A idade em que
olhar para trás e perceber que não fiz mais de metade do que queria
fazer. Não sei quando isso será, mas tenho medo que o dia chegue. Em
termos de números, e ao contrário da maioria das mulheres que conheço, a
idade não me assusta nada. Tendo a ver isso como experiência e
vivência, por isso não tenho medo de passar dos trinta e, santíssima
trindade, os quarenta! Hahaha! Para já isso não e assusta nada.
5 – Acreditas que as palavras acabam?
Eu
acredito que o poder das palavras não está nelas, mas na forma como são
transmitidas. Por isso um palavra que na boca de um seria inofensiva,
acredito que na boca de outro terá o poder de mover montanhas. Daí que
creio que só acabem se nós as deixarmos acabar.
6 - O que pensas desta afirmação: Somos muito novos para amar, mas também não somos muito novos para morrer?
O amor tem muitas
formas, já diziam outros antes de mim. Por isso não acredito que alguma
vez na vida seja cedo de mais para amar (ou tarde de mais). Acho que
podemos e devemos viver e amar como se este pudesse ser o nosso último
dia na terra, mas também temos que saber dizer quando estamos a amar com
força demais e a viver com intensidade extrema. Tudo o que é exagero
tem consequências e o amor inclui respeito, sem isso não interessa se
somos ou não muito novos para morrer.
7 - Gostas do cheiro de...
Natureza.
Adoro ir passear para a montanha e sentar-me no meio da floresta a
escutar os sons da vida e a cheirar o ar puro. Não há nada melhor!
8 – Diz-me algo que prezes.
A vida. A dos humanos, a dos animais e a da Terra. E tudo que ponha isso em risco deve ser parado.
9 - Tens medo do esquecimento? Se sim, o que achas que mais te afetaria esquecer ou ser esquecida?
Não é um tópico
sobre o qual pondere muito, mas sim. Tenho medo de esquecer quem amo, de
esquecer quem sou e do que quero ser. Não deve haver nada pior do que
vivermos na ignorância de nós mesmos. Mas também não deveria ser
agradável ser esquecida por toda a gente.
10 - Qual é a tua cor favorita? Descreve-a.
A cor da vida, da
natureza, da relva que nos massaja os pés, da copa das árvores na
primavera e no verão, dos insectos que se camuflam nas folhas, da
esperança e dos invejosos, da frescura e da verdura, como não podia
deixar de ser.
11 - Para ti é difícil assumires os teus erros?
Nem sempre,
confesso. Depende do erro e da pessoa a quem tenho que o admitir. Sou
muito orgulhosa e cabeça-dura, por isso antes de admitir que estou
errada tenho mesmo de ser convencida que estou errada, e se no processo
insultarem a minha inteligência, então é que não dou mesmo o braço a
torcer, mesmo sabendo que estava errada. Mas isto é algo que, com os
anos, aprendi a controlar um bocadinho melhor (acho) e hoje em dia já
engulo mais sapos. Não podemos vencer sempre e admitir que erramos é
também um símbolo de coragem.
12 - Honestamente: O que pensas quando olhas para o passado? O que é que aprendeste com isso?
Vejo erros e
tristeza, mas também bons amigos, bons momentos, o que foi e o que nunca
mais voltará a ser. Vejo que o que naquela altura parecia certo, agora é
errado e que as pessoas mudam, mesmo quando não querem. Infelizmente
nem sempre as mudanças são para melhor, mesmo em nós próprios, e
resta-nos tentar corrigir os erros e esperar que daqui a uns anos
olhemos novamente para trás e pensemos: "Agora estou melhor e fiz as
escolhas certas.".
Até um próximo olhar, Nameless
Ana! Pois bem...
ResponderEliminarDepois de ler isto, o que posso concluir é o seguinte:
És sensata, modesta, acredito. Acho que não és o tipo de pessoa que se ache quase perfeita. Creio que tens a mania de querer a perfeição e não vês, de todo, a qualidade do teu trabalho. Queres mais, és ambiciosa, contudo, de modo saudável. Já participaste no NaNoWriMo, logo, acredito que gostes de ultrapassar barreiras. És um pouco orgulhosa - o pior pecado que todos, que, por acaso, também é o meu.
Vou arriscar em dizer que estás grata pelo que tens no momento, mas queres sempre mais, como qualquer outro ser humano.
Se falhei em alguma coisa, deixa-me saber.
Beijos!
Nameless,
ResponderEliminarAcho que acertaste bem.
Ser modesta, confesso que depende dos dias. :) E a sensatez sofre do mesmo mal.
Eu vejo alguma qualidade no meu trabalho, embora tal como disseste, para mim nunca nada do que faço esteja bem o suficiente.
Não sei se o orgulho é o pior pecado, mas será, talvez, dos que mais problemas causam, se não tivermos cuidado. Não há mal nenhum em se ter orgulho desde que com conta, peso e medida (coisa que nem sempre eu uso).
Obrigada pela oportunidade de responder às perguntas e pela análise. :)