terça-feira, 4 de setembro de 2012

202# Um mapa para uma história e a história


Quando começo a escrever, nunca tenho em mente o enredo todo. Sei o que quero de uma determinada personagem, crio momentos que acho indispensáveis e aceito o que vier, mesmo que signifique cortar depois. Não me perguntem sobre o final, nem sobre o tema em si. Se é um romance, se estou a tratar de uma ventura ou se converso com E.T.'s e não supostas pessoas. É-me indeferente, pois já dei comigo a falar com um gnomo de jardim. E acreditem, este pequenote não era nada simpático. Praguejava mais do que devia numa língua estranha cheia de z's.
Para aqueles que desejam escrever algo pela primeira vez, costumo aconselhar a criação de textos, não histórias grandes. No entanto, para aqueles que querem realmente criar algo mais trabalhado, aconselho-vos o seguinte: Criem um mapa.
É fácil, observem:
  
Uma personagem - Uma biblioteca - Um livro - Uma mensagem secreta - Uma porta escondida - Um guerreiro - Uma aventura.

Uma mapa não tem como função dar-vos todos os pormenores do que mais querem, mas um início. Pode ser bem maior, é certo, como, por exemplo:

...Uma aventura - Uma mansão - Mais uma passagem secreta - Um mordomo - Uma armadilha - Uma fuga - Uma mundo novo - Uma pessoa que nos ajuda - Um passo para resolver o mistério...

E por aí adiante, até o final da história. O grande problema de chegar ao final é o conteúdo que está entre a primeira letra e o último ponto. O que escrever? Como escrever? Está bom? Não é o suficiente? Aquele escritor fê-lo de um tal modo, mas o outro escrito fê-lo de outro.
Não tem mal ter dúvidas, quem não as tiver ou é um génio ou demasiado arrogante para admitir que cometeu um erro ou dois.
O que escrever? Aquilo de que gostamos. De nada nos vale trabalhar algo que odiamos.
Como escrever? Como sabemos, cometendo erros, pois é a partir deles que aprendemos a ser melhor.
Está bom? Pede a opinião a alguém. Não  há que ter vergonha de mostrar os nossos projetos ou ideias.
Não é o suficiente? Em quê? Explora o que te agrada e desagrada na tua escrita, lê bastante para entenderes diferentes técnicas e pesquisa as tuas respostas cada vez que tiveres dúvidas.
E os outros escritores? Cada pessoa é unica, nenhum modo de escrever repete-se sem distinções. Tu és único, a tua escrita vai mudar, melhorar. Serás melhor que ontem e entenderás que não te deves preocupar com o modo com que outra pessoa escreve.

Dica: Comentários como gosto, muito bom, amei ou adorei, não são suficientes. Pede justificações, pergunta o que é que a pessoa mudaria, discorda, concorda e deita fora o que achares desnecessário. Aceita críticas, fazem-nos melhores em muitos aspetos.

Sorte nº17, Nameless

3 comentários:

  1. Concordo, sobretudo com a tua dica. Comentários desses apenas nos aumentam o ego, não ajudam em nada.
    O final da história é o mais fácil, a meu ver ;)
    Beijos, Alyra*

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    Respostas
    1. Olá!
      Para mim o final é sempre uma incógnita, mas, de algum modo, chego lá, ou pelo menos tento.
      Quanto à nota, embora concordemos que apenas aumenta o ego, há quem goste de o ter nos píncaros.

      Beijos e obrigada pela visita, Alyra. É bom ver que estás de volta à blogosfera.

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    2. De nada! É bom saber que alguém repara se estou presente ou não. Às vezes, acho que sou invisível :P
      Beijos!*

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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire