quinta-feira, 2 de agosto de 2012

180# Devaneios - 19#


Canso-me de falar-vos sobre a vida, contudo, aprendemos cada vez mais, a cada dia passado. Através de leituras, comentários. Graças ao que vemos ou por músicas cujo significado finalmente entendemos. Embora tudo isto soe importante na minha mente, o que me apoquenta, na realidade, é a forma como crescemos, a realização do desejo de deixarmos de ser crianças. A falta de imaginação que nos corre nas veias, a impaciência que cresce e toma o lugar aos desejos mais doces. Ganhamos medos de engordar, queremos saber, realmente, como é que nos vestimos ou não. Perdemos a credibilidade naquilo que antes tomávamos como certo e passamos a ver seres desconfiados de tudo e todos. Em resumo, deixamos de ser felizes.
O que é realmente importante julgamos que pode ser visto com os olhos e não sentido. Não sabemos dizer se temos amigos, porque somos falsos em demasia. Em crianças não éramos assim. Mentiamos para pregar partidas ou por termos medo. No entanto, até o sentido de humor se vai, porque o Homem, adulto, é uma criatura muito séria. Coberta de números, ideias, julgamentos. Comandado por um relógio, condenado à vidas já existentes.
E triste ver que queremos ser diferentes, todos os dias, mas terminamos as noites tal como estávamos ontem. É absurdo culparmos o destino pela nossa falta de esforço ou pedir a um deus que nos mude a vida se não esforçarmo-nos para isso. No entanto, mais absurdo, é querermos viver como adultos, esquecendo que já fomos crianças e, ao mesmo tempo, olharmos para elas com esperança de que sejam como nós.
Pois bem, meus queridos adultos e pessoas em crescimento, se o vosso modo de vida não vos agrada diariamente, como podem desejar condenar uma criança ao mesmo destino?
Realmente, os adultos são estranhos...

(Pessoalmente, o texto não foi bem conseguido, mas acabei por dizer o que estava a pensar) 

 Sorte nº17, NamelessGirl

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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire