terça-feira, 20 de dezembro de 2011

41# Escrever - 4#


Este pequeno excerto faz parte de uma história que tinha na gaveta há já algum tempo e que chamou-me por ter saudades de ver a luz do dia.

“Raios S.! Raios!
Confesso que conheço erros e erros. Que já tive pensamentos macabros e ações ainda mais sórdidas, mas esta ideia ultrapassou-me.
Quando soube que falaste de mim ao L., a raiva ferveu-me no corpo, percorreu-me cada veia vital do meu ser e evitou explodir junto ao homem que me diz amar, tal como tu dizes fazer.
Juraste nunca dizer o meu nome, juraste nunca contar à ser algum que me conhecias, que eu existia, que era verdadeira, porém, um homem apaixonado nunca cumpre uma promessa. Pelo menos é o que tenho vindo a constatar nestes últimos meses.
Indago-me então: Pensaste na tua promessa antes de dizer o meu nome? Pensaste nas consequências da tua putativa paixão? Aposto que não, tenho a certeza que não!
Sou obrigada a confessar que és um grandessíssimo filho da mãe. Egoísta e macho! Esse é o teu grande mal, seres tão macho. Os homens que gostam de ter o poder nas mãos não conseguem ficar sem se gabar, têm de o fazer. Creio que alguma vontade de falar aguça-vos nas veias.
…”
Sorte nº 17, NamelessGirl


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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire