quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

37# Crítica Literária: Amande de Sonho - 3#


Livro: Amante de Sonho
Autor: Sherrilyn Kenyon
Editora: Saída de Emergência

Sinopse: Grace Alexander, uma bonita terapeuta sexual de Nova Orleães, julgava estar destinada a uma vida sem paixão. Até ao dia em que a amiga Selena a convence de que, por artes mágicas, poderá convocar um escravo de amor durante um mês. 


Certa de que a magia da amiga irá falhar, Grace deixa-se levar pela aparente brincadeira…

“Caro leitor, 


Estar preso num quarto com uma mulher é fabuloso.Estar preso em centenas de quartos ao longo de dois mil anos não o é de todo. E estar amaldiçoado dentro de um livro como escravo de amor para a eternidade, arruína qualquer guerreiro espartano.Como escravo de amor, sei tudo sobre as mulheres. Como tocá-las, saboreá-las e, acima de tudo, como dar-lhes prazer. Mas quando fui convocado para satisfazer as fantasias sexuais de Grace Alexander, encontrei a primeira mulher na história que me viu como um homem com um passado atormentado. Só ela se preocupou em levar-me para fora do quarto e mostrar-me o mundo. Ensinou-me a amar de novo. Mas não nasci para conhecer o amor. Fui amaldiçoado para caminhar sozinho pela eternidade. Como general, aceitara há muito a minha sentença. No entanto, agora encontrara Grace – a única coisa sem a qual o meu coração não consegue sobreviver. 

Poderá o seu amor curar as minhas feridas e quebrar uma maldição milenar?”

Julian da Macedónia 

Opinião: Não sei quanto às outras pessoas que leram este livro, porém, não estou satisfeita com o resultado de modo algum. É-me impossível.
O que este livro nos traz de novo? O uso de deuses gregos, no sentido literal do assunto, contudo, usados corretamente.
O que é que não traz de novo? Tudo! Porquê tudo? É simples. Nesta obra é-nos apresentada uma mulher chamada Grace pouco confiante em si mesma que vive agarrada ao passado em todos os aspetos da sua vida. Desde a morte dos seus pais à sua última relação sexual, que por acaso foi a primeira, o que se revelou uma péssima experiência.
Para salvá-la de todos os seus medos e fazê-la sentir segura, surge um guerreiro da Macedónia, capaz de fazer homens voar até dez metros de distância com um único murro.
Conclusão desta primeira impressão: O Romance virou uma comédia, ainda por cima ridícula, pois, para quem tinha problemas com relações sexuais e homens, revela-se muito fácil de tocar. Sim, tocar, porque a única coisa que ela não permite é que ele complete o serviço.
Perdoem-me a linguagem, mas há determinadas coisas que me tiram do sério. Nenhuma mulher magoada deixa que um homem que ela mal conhece, ainda por cima saído de um livro graças à um feitiço, a toque por todo o corpo e a faça ter orgasmos à força toda… Sejamos sensatos.
Próxima impressão: O nosso deus grego, que é um mortal, mas que é todo bom como o milho que deixa qualquer mulher babar por mais, é filho de Afrodite, irmão de Eros e Hades é está condenado à uma maldição que não pode ser quebrada, pois ele está condenado a não ser amado por ninguém.
No entanto, quem é que possui a capacidade de quebrar esta maldição devido ao mero facto de ser uma mulher de Alexandria, ou seja, uma pessoa que possui o nome Alexandre no nome? Grace Alexander.
Bem... Neste momento eu revi na minha mente uma cena à Star Wars quando o Luck (acho que é assim que se escreve) descobre quem é o seu pai...
"Tu mataste o meu pai"
"Eu sou o teu pai Luck"
Uh... Drama...
"Julian, o meu nome é Alexander."
A sério, pensava que a tarefa ia ser mais complicada do que isso. E afinal até foi, pois, para quebrar tal maldição, é necessário que o Julian e a Gace tenham uma noite de sexo sem interrupções.
Pois bem, aqui revertemos para todo o conteúdo que me tem irritado neste livro. Para que fique claro, não tenho problema nenhum com cenas de sexo, todavia, quando um escritor encobre soft-porn com uma pequena história que mais soam a vídeos pornográficos eu fico fula – por favor, não pensem mal de mim, eu não tenho o hábito de ver filmes pornográficos, contudo, sou uma adolescente com um grupo de amigos tão parvo quanto eu.
Pontos positivos do livro: Conseguimos algum sentimentalismo, quando não é enjoativo num capítulo, porque a escritora não se cansa de dizer quão magoados estão ambas as personagens e como não querem magoar-se uma a outra – sexual e psicologicamente.
Não sei que mais dizer, a história soa como um drama adolescente onde a rapariga encontra o rapaz loiro, todo bom, com abdominais bem definidos, que sonha com sexo – acho que já me referi a esta palavra imensas vezes – e que todas as raparigas desejas, mas, por outro lado, os rapazes odeiam, por puro ciúme…
(Suspiro muito forte!)
Não sei o que fazer com livros… Acho que vou deixar de ler, porque se continuar a ler coisas que me irritam a mente, vou ter um curto circuito cerebral.

Tenham um ótimo dia! Nameless

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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire