domingo, 10 de março de 2013

427# 100: Céu - 23#

Via-o sempre ali, sentado no  mesmo banco, usando o mesmo casaco velho, de uma cor diferente, porque a original tinha-se ido com o tempo. A idade também já lhe pesava, assim como as camisolas de lã e o palitó mal usado. Devia ter medo do frio.
Sempre me questionei sobre o seu nome, a sua vida e sobre o porquê de passar tanto tempo a olhar para o céu, se este não contava histórias nem respondia a perguntas.
Houve dias em que tive uma certa coragem de me aproximar, de me sentar no mesmo banco, mas não de olhar para ele. Como é que lhe poderia dizer que estava interessada em falar com ele? E, além disso, que seria feita da minha curiosidade se ele me contasse tudo o que eu queria fazer?Que outro mistério teria?
Então, de ombros encolhidos por causa do frio, esqueci a minha coragem, levantei-me e afastei-me a passos largos caminhando para casa. Entre uma das minhas passadas, olhei para trás. O homem fitava o céu e anuiua com a cabeça, como se concordasse com alguma coisa vinda do firmamento.


Nameless

426# Filmes:The Perks of Being a Wallflower - 17#


Sinopse: "Estamos em 1991. O academicamente precoce e socialmente desajeitado Charlie é um ser invisível, que vive no seu próprio mundo, até conhecer um carismático par que o decide ajudar. A bonita e rebelde Sam e o seu destemido meio-irmão Patrick guiam Charlie através de novas amizades, primeiro amor, sexualidade, festas, exibições de meia-noite do filme "Rocky Horror" e na busca pela canção perfeita. Ao mesmo tempo, Mr. Anderson, o professor de Inglês de Charlie começa a introduzi-lo no mundo da literatura, alimentando-lhe os sonhos de um dia se tornar um escritor. Mas apesar de Charlie sentir-se realizado no seu novo mundo de adulto, nunca consegue ver-se livre da dor que arrasta do seu passado, e que inclui o recente suicídio do seu melhor amigo Michael e a morte acidental de uma querida tia. Quando os seus amigos começam planear a saída de casa para a faculdade, o precário equilíbrio de Charlie começa a desmoronar-se, e na origem da sua tristeza está uma chocante revelação."


Opinião: Quanto a este filme, não posso dizer nada de negativo, pelo menos não consigo, porque adorei.
Comparativamente ao livro alguns acontecimentos são distintos, todavia, não me posso esquecer que a película é baseada na obra e não uma cópia fiel.
As personagens são fieis a si mesmo desde o início até ao final, todo o enredo é coerente e bastante atractivo.
Pelo que conheço da cultura americana e da vida colegial, a fidelidade das acções foi imensa
O Logan Lerman não nos aparece neste filme como nenhum Percy Jackson ou um D'Artagnan, muito pelo contrário, a sua personagem está tão bem representada que parece real. 
A Emma Watson não é nenhuma Hermione e a sua personagem vê-se bem distante daquela que representou durante anos a fio.
Enfim... Posso dizer, desde já, que se tornou num dos filmes de eleição.
Mais tarde, isto é, quando tiver paciência, faço uma crítica ao livro. 
Btw, se quiserem ver o filme, com legendas, cliquem na minha assinatura.

Bom Domingo!



sábado, 9 de março de 2013

425# E como não tenho mais nada para fazer, a minha vida resume-se a isto: escrever

E é isto... a minha vida resume-se ao gosto de escrever. Sei bem que isso não me dá emprego, escusado será dizê-lo; os meus pais destruiram a ideia de me tornar rica a escrever livros - pelo menos em Portugal.
Desta vez vou participar no Camp NaNoWrimo que é um pouco diferente do NaNoWriMo. Tenho de escrever um x palavras em 30 dias, contudo, eu é que decido o número de palavras que pretendo escrever. Mais uma vez não interessa a qualidade mas sim a quantidade.
O meu objectivo são as 40 000 palavras com uma nova história que me está a chatear a mente. Entrementes, vou corrigindo a QdM e terminando A Violinista
A ver como é que tudo corre!  
E vocês? O que é que andam a escrever?

424# Séries: Skins

Tony | Cassie | Maxxie | Sal | Chris | Sid | Michelle | Anwar
Esta série já tem um par de anos, passou na MTV, numa altura em que este canal ainda dava alguma música, no entanto, devido ao conservadorismo dos meus pais não pude ver. Há uns dias encontrei o primeiro episódio na net, mais precisamente no Youtube, e comecei a vê-lo. Mal me recordava dos episódios e nos nomes das personagens,  porém, decorei-os num instante.
Este programa basicamente retrata a vida de nove adolescentes, o Tony, a Michele, a Sal, o Chris, o Anwar, a Cassie, o Sid, o Maxxie e a Effy, a irmã do Tony, que não se encontra na imagem acima. Não pensem que é uma série como Gossip Girl, ou 90210, não, nada disso, é melhor. Os dramas são mais reais, não há esquemas marados que não passam pela cabeça de nunguém, para além da de um escritor, e as personagens não parecem tão fictícias, porque retratam assuntos reais.
Para aqueles que são mais sensíveis, vão chorar em alguns episódios, para os restantes, vão rir e ficar presos ao ecrã. E quanto a cenas de sexo... não há assim tantas quanto as publicidades televisivas aparentavam, logo, para os mais ordeiros e moralistas, não há problema algum.
Eu gostei imenso da série, todavia, apenas sou fã da primeira geração, logo, fiquei-me pelo final da segunda temporada. Para os que estiverem interessados nas restantes, aviso desde já que são sete.
Ah! Quanto a versão americana.... é suckble. Não é nada mais do que uma cópia exacta da série inglesa, desde as falas às marcações de cena. Mas se quiserem aventurar nesta segunda versão, boa sorte!
Se quiserem ver o primeiro episódio, cliquem na minha assinatura. Aviso desde já que, para aqueles que nãopercebem inglês, que o episódio não tem legendas.

Desejo-vos um bom fim-de-semana!

quarta-feira, 6 de março de 2013

423# Trabalho de História

Esta semana eu, o A. e a Li temos de apresentar um trabalho de História sobre a União Europeia. E como a minha querida professora adora coisas originais estivemos a pensar no que é que poderiamos fazer e eu tive a rica ideia de fazer bandeiras com uma infomação mínima sobre cada um dos países desta comunidade.

Os meus colegas gostaram da ideia e, enquanto eles tratavam do power point e de recolher a informação, eu fui dando vida àquilo que me passou pela mente.
Ao início foi assim, quatro bandeiras de vinte e sete. Estava tudo a correr bem, bastava-me apenas cortar a cartolina, a uma medida certa e agrar as bandeiras às suas legendas.

 Ao fim de 13 ou 14 países mal conseguia falar com  o A., pois era-me quase impossível ver o ecrã, mas afastando as bandeirinhas e isso tudo, ainda conseguia escrever e trabalhar. 
Ao fim das 27 bandeiras as coisas já não correram muito bem, pois tinha de afastá-las para conseguir escrever no pc.
E perguntam-me vocês: Por que é que não as colocaste num canto?
E eu respondo: O meu pai estava a trabalhar e eu não tinha espaço nenhum, logo, tive de improvisar, já que não estava a escrever assim tanto.
Terminar as bandeiras foi um trabalho que durou até as duas da manhã, mas que, felizmente, valeu a pena.
Amanhã, muito possivelmente, vou fazer a apresentação e espero que tudo corra bem.

Desejem-me sorte!

segunda-feira, 4 de março de 2013

422# Coisas daqui de casa

Acho imensa piada o facto de os meus pais terem a certeza que nenhum dos seus filhos dá valor àquilo que tem. Juro que essas ideias estúpidas dão-me vontade de rir e de lhes perguntar se me lêem a mente ou se ocupam o meu corpo, em alguma parte do dia. Não sei. Não é para ser arrogante - coisa que sou e bastante -, mas para ter a certeza de que não estou a pensar mal nem de forma injusta.
Claro que há coisas as quais não dou valor, em especial, a tecnologia que invade esta casa, mas isso não quer dizer que não a respeite. É que, embora isso não pareça nada irritante, é, porque chega uma altura em que cansa, profundamente, e é nesses momentos que uma pessoa faz a contagem decrescente para sair de casa.
Sim, são coisas estúpidas e mínimas, contudo, são essas coisas que me fazem ficar saturada desta cidade.
 

Nameless

sábado, 2 de março de 2013

421# Semanário Adolescente 12#


É fim-de-semana, está calor, o sol está a voltar, já olho para os meus vestidos de esguelha e penso num penteado novo. Ao mesmo tempo, vou mudando o blog, ao fim de dar-lhe um ar mais primaveril.
Como sempre, ou quase sempre, no final da semana apresento-vos um resumo daquilo que fiz e, para não faltar à minha palavra, aqui o deixo:
Segunda-feira não foi um dia muito interessante, porque estava atrasada para a primeira aula, nem comi de manhã, para chegar a meio do caminho e ver duas colegas minhas a caminhar em direcção ao metro, pois a minha querida professora de História não apareceu oara dar aula. Como devem imaginar fiquei puta da vida, no entanto, acabei por encolher os ombros e ignorar mais uma das acções daquela mulher. Fui então com as minhas duas colegas ao ISPA, pois uma delas quer tirar Psicologia Clínica e só depois é que fui tratar da matrícula, durante o meu furo, a hora a que não tenho Sociologia.
Enquanto esperava fiquei sentada entre o A. e o D., um grande erro, porque estas duas criaturas são piores que duas crianças pequenas. Quando finalmente tocou para descermos para Física o Li e Pi (os nomes que eu dou as pessoas são fantásticos) foram ter connosco.
Acho que nunca vos expliquei, mas, apesar de me dar super bem com os meus rapazes, a Pi é a best do D. e a Li é a best do A. - embora ele não goste de dizer que tem melhores amigos, mas sim amigos apenas. E eles têm o hábito de andar sempre aos abraços e, antes de sairmos do pavilhão, abraçaram-se durante algum tempo e eu fiquei a espera que eles se desfizessem dos abraços, para irmos para a aula. E a Pi, um pouco aborrecida, diz: "Oh! Estamos aqui aos abraços e a Nameless está a nossa espera, é mau." Eu encolhi os ombros e abanei a cabeça e disse-lhes: "Andem aos abraços à vontade, que eu não tenho problemas com isso." E não tenho mesmo. Na verdade, não sou amante de abraços, mas gosto de ver as pessoas a abraçarem-se.

Terça-feira foi um dia assim meio estranho. Não estava com paciência para falar com ninguém, nem para as aulas, nem para nada e não, não estava com o período e estas coisas de mudanças de humor não são coisas que me afectam. Não dirigi a palavra ao A., pouco falei com o Zic, que desertou no final da aula de Português o D., vi-o na aula de Inglês e cobrou-me um Olá, pois ainda não lhe tinha falado. Como sempre sentei-me ao pé do G., que me colocou logo de bom humor, porém, a vontade de falar não surgiu. Estive a aula toda deitada no ombro dele, enquanto os outros grupos apresdentavam os seus trabalhos.
A aula de Psicologia passou por mim, não abri a boca, não me interessei por nada e só não dormi porque o A. lá me obrigou a estar acordada. Assim que tocou saí disparada e fui para casa. Acho que nem disse adeus às pessoas da minha turma.
Enfim, há dias assim... 

Quarta-feira... Tive as minhas três aulas, almocei na escola e fiquei por lá até as sete e meia a ajudar duas colegas minhas a estudar História, pois iam fazer uma ficha de recuperação. O tempo passou com uma rapidez imensa! A conversa que foi surgindo também ajudou, porém, a parte boa foi que o estudo valeu a pena.
Felizmente, faço parte do grupo de sortudos que não tem horas de chegar à casa; desde que esteja bem, não há nada com que me tenha de preocupar.

Quinta-feira estive quinze minutos na aula de História, por causa da ficha de recuperação, passei o furo com mais alguns colegas e fui para Inglês. Apresentei o trabalho com o G. e mais duas colegas minhas e, como não havia mais nada para fazer, fui para casa.

Sexta-feira, depois de uma aula de Psicologia e de Português fiquei na escola a fazer o trabalho de História, levei noventa minutos, com o A. e a Li, pois o nosso tema está no livro de Geografia do ano passado. Depois de fazermos o trabalho, ou grande parte dele, eu e o A. ainda ficamos na escola, à conversa com o G. até as três horas. Foi divertido, a Jé depois juntou-se a nós, mas em pouco tempo foi-se embora. 
Adoro estar à conversa com estes dois. E tenho de admitir que, se depois do secundário perder o contacto com estes dois, vou ficar muito triste.
Finalmente, na hora de ir para casa, fui com o A.

Ah! Hoje, Sábado, decidi começar a juntar dinheiro para comprar um Kindle. Remodelei o meu mealheiro, um que tenho desde a primária, com a evolução das moedas até o Euro e este foi o resultado.
 
O Kindle que quero comprar...
O meu meadlheiro depois de remodelado















Quanto ao preço deste meu futuro amiguinho... bem... 159€ é o valor mínimo e o outro que mais me agradou, custa 199€. É caro, sei bem, porém, acredito que vale a pena.
Tenham um bom Sábado. 

Nameless

420# Psicologia: Objecto de estudo... - 2#


Querem um objecto de estudo? Levem o meu professor de Psicologia que prefere ver-me fazer barulho a saber que estou a ler um livro em silêncio. Ao que parece, é um incómodo muito grande a minha falta de palavras logo pela manhã...
É o que digo, detesto este homem, é insuportável, egocêntrico, convencido, sexista e um pouco machista e tem a mania que é a melhor pessoa do mundo... ou então odeio que me interrompam a leitura, ou ambas as opçoes!
A sério, o homem é... tão ele mesmo que não consegue dizer de si mesmo o mais pequeno dos seus defeitos. 
Agora imaginem a minha paciência para um professor assim até Junho... Estou mesmo a ver que vou ter de me aplicar e concentar-me na pequena expressão Fighting! Sim, Nameless, tu és capaz... ou então acabarás por ir para a rua com uma falta disciplinar, o que é mais provável...pois não comes, não falas, não mexes no telemóvel nem dormes na sala, mas porque lês um  livro enquanto os teus colegas chegam à sala...
Sejamos honestos, isto vai correr mal.
Bom fim-de-semana, amanhã posto o semanário


Nameless