segunda-feira, 21 de maio de 2012

154# Texto

 Foi junto àquela terra fria e seca que te encontrei, jazido, morto, calado. Entre os meus passos largos e ideias postas, recordei-me de como eras um bom homem, como vias o horizonte como uma nova e eterna vida. O que ainda estava para chegar. No entanto, ali, estavas tu, ferido, maltratado pela chuva erosiv a e a terra que que cobria sem fazer passar o frio. Como suspiro por essa imagem. Não a possp apagar, estou pegada a ela, pois, pela primeira vez, conheci-te de uma maneira vulnerável, quita e pronta a encarar o final. Pois bem, eu não estava pronta para encarar aquela reta, para mim, ela nem deveria estar ali. Partias demasiado cedo sem dizer para onde ias, como é que foste, quem te obrigou a ir. É triste, muito triste, pois não me despedi. Vi-te sair por aquela porta, com um sorriso, e apenas reencontrei-te naquelecaminho sem plantas, onde muitos tinham caído sem nome e imagem. Sem ninguém que os levantasse e gritasse de fúria. Fica sabendo que gritei, de dor, fúria, por me sentir vítima de injustiça. Estavas morto. Aquela ideia estava ali, mas eu não, a consciência não, o desejo de te ter lutava contra a verdade.
Quem te teria colocado ali? Quem? Porquê? Porquê tu? Estava disposta a ver-te vivo, caso tivesse de morrer. Agora estou aqui, junto à tua cova, vendo o teu caixão cair, sobre um abismo para o qual me impedem de saltar. É justo? Tenho de chorar? Tu não chorarias, sofrerias um pouco, mas seguirias com mais facilidade que eu.  Ai... Leva-me, torna-me parte de ti, por mim, pelo que ainda tento ser.

Não gostei deste texto, não me parece completo, contudo, tinha de colocar qualquer coisa em palavras.

Sorte nº17, NamelessGirl
Posted by Picasa

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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire