sexta-feira, 21 de junho de 2013

475# Crítica Literária: Perdidos de Rute Canhoto - 13#

Título: Perdidos

Autor: Rute Canhoto

Editora/Impressão: Euedito
Sinopse: Marina, de 17 anos, leva uma vida monótona e confortável, centrada no objetivo de ter boas notas para entrar na universidade. 
Findas as férias de verão, tem início um novo ano letivo que se revela repleto de novidades, entre elas Lucas. A misteriosa figura do aluno desperta-lhe a atenção, apesar da aura obscura que o rodeia. Mais tarde, Joshua junta-se à turma e um turbilhão de sentimentos contraditórios assola Marina, deixando-a confusa e sem saber que caminho seguir. E se fizer a escolha errada? 
Em simultâneo, o cosmos da rapariga fica completamente virado do avesso com uma série de inexplicáveis acidentes, que parecem querer colocar um ponto final na sua existência. Afinal, o que se estará a passar? A resposta será uma revelação inesperada, que dará a conhecer ao mundo os Perdidos. 
Este é o primeiro volume da trilogia Perdidos, uma série na qual coração e razão entram em conflito. Nem sempre o que gostaríamos de ter é o melhor para nós. Mas e se o que nos dizem não ser bom para nós, é exatamente aquilo de que precisamos? Viver implica correr riscos, demasiado grandes às vezes.

Opinião: "Perdidos”, um livro de Rute Canhoto, marca o início de uma trilogia. A ideologia da obra é baseada nas obras “Hush Hush” e “Twilight”, ou seja, a rapariga comum que, no início do seu ano lectivo, conhece um rapaz que fará com que a sua vida dê uma volta de 180º. Ao perceber-me disto, simplesmente pela sinopse, fiquei com o pé atrás para ler toda a narração, pois não sou fã de romances e detestei os dois best-sellers antes por mim referidos. No entanto, há que experimentar para poder dizer que não se gosta e lá me atirei de cabeça.
Embora seja uma obra portuguesa e seja óptimo ver escritores portugueses a destacarem-se cada vez mais no mundo do fantástico, tenho de dizer que, comparativamente aos best-sellers, este livro não me trouxe nada de novo. Proporcionou-me uma boa leitura, todavia, houve uma pequena resistência minha parte, logo ao início do primeiro capítulo, que acabou por desaparecer com o avançar os capítulos. E a parte boa é que não há nem vampiros nem anjos, que destes estou eu mais do que farta!
A escrita da autora é simples e acessível, contudo, ao reler, entendi que há descrições que são escusadas. A personalidade das personagens está bem marcada, tanto que entendemos perfeitamente quem fala sem quaisquer indicações e, os acidentes que vão surgindo na vida da Marina, tornam o livro mais interessante.
Para mal de alguns, como eu, que já li mais do que um bom par de livros e já vi diversos filmes sobre adolescentes, acabei por achar os acontecimentos bastante óbvios, o que tornou as coisas um pouco aborrecidas. Além disto, o que me irritou bastante foram a passividade da Ana, a amiga da Marina, que parece existir apenas para encher, e as paixões crescentes à velocidade da luz. Tanto por parte da Marina pelo Lucas, como por parte do Joshua para a Marina. Parece que, do dia para a noite, a existência deste triângulo amoroso é a única coisa importante nas suas vidas – o que me fez recordar a loucura da Bella pelo Edward e a forte pancada do Jacob pela Bela, o que me obriga a pensar: Espero que a Marina não se tente suicidar.
O grupo da Joana e das “Joanetes” não foi algo que me convenceu. Ando na escola há treze anos e sim, as raparigas ficam apanhadinhas por rapazes, mas não chegam ao ponto de cercá-lo, quase que o sufocando, mesmo que seja o novo brinquedo da escola.
Fora do que indiquei, não há muito mais a apontar, acho que a história pode ser melhor desenvolvida, tal como o conceito de “Perdidos”, que não é aprofundado neste primeiro volume.
Dou-lhe assim 3*

1 comentário:

  1. Boa crítica, Valentina ;)
    Bem, isso de nascer um triângulo amoroso da noite para o dia é estranho, mas já vi coisas assim no meu dia-a-dia, portanto nem liguei xD
    Beijos e bom fim-de-semana*

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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire