quinta-feira, 26 de julho de 2012

170# Escrever - 13#


 Aviso que este post pode não possuir muita corerência por ter sido escrito no momento e não editado.

E é assim: não publico no blog, não escrevo, não aproveito as férias, só penso. Ligo e desligo o computador sem intenções de o usar. Quiçá tenha medo de o ver ganhar pó, não sei.
Não costumo fazer disto um diário, mas há primeiras vezes para tudo e condenem-me se quiserem, que sacrificada não serei - pelo menos espero que não.
Esta minha onda de cepticismos e baixa vontade de fazer qualquer coisa, deve-se ao facto de escrever , escrever, escrever e não chegar a lado algum. É CHATO! MAU! DAS PIORES COISAS QUE HÁ! Porquê? Porque ando inscrita em forums e passeio por blogs e leio livros de escritores que aprecio e outros que não aprecio e vejo que tudo tem um princípio, um meio e um fim. Eu apenas chego a metado do meio, por vezes, nem isso. Irrita-me. Ou seja, eu irrito-me a mim mesma. BRAVA!!
O meu maior problema é achar que consigo escrever várias coisas ao mesmo tempo E consigo, mas não termino nehuma, porque, de algum modo, farto-me do que escrevo, começo a pensar que, do que lá tenho, nada é de jeito e que, se um dia quisesse publicar, ninguém o quereria ler ou ter numa prateleira, como um livro comprado. Então decido escrever uma história de cada vez. parece-me um bom plano, todavia, de repetente, surgem-me carradas de ideias para ouras histórias e tenho de escrevê-las. Para não melhorar, paro de escrever o que tinha primeiramente e sigo com outra que, muito provavelmente, mas muito provavelmente, não terminarei. Mas isto não é tudo, nãããããão... Que eu ando numa fase louca, pior do que uma grávida com as hormonas aos saltos. Como se não me bastasse a escrita, tenho um bichinho para a dança e o teatro e lá vou eu, procurar algo que me meta em palco, que me cause nervos, que me deixe aterrorizada com o que posso apresentar e mostrar. No entanto, em relação a isso, vou sempre até o final. Na verdade, em relação a tudo, vou até ao final, menos na escrita.
Escrevo histórias desde mos meus treze anos, vou fazer dezoito e só completei uma até hoje, que, por alguma louca razão, pensei em publicar... Como se isso fizesse sentido. A história não estava revista, tinha erros e precisa de ser mais trabalhada, pois não é nada de fantástico. Considero-a uma história de um só momento, com personagens que não precisam de um passado nem de um futuro, apenas daquele momento. E interrogo, isso é interessante? Talvez para  mim, mas não para quem lê. Além disto (este post está enorme e eu não quero saber, porque preciso de escrevê-lo), faço pesquisas e procuro dicas de como escrever melhor e leio livros, contudo, estou a dar em louca. Um livro de Como Escrever é como outro livro qualquer publicado, provém da experiência da pessoa como escritora. Logo, não leiam demasiados livros de como escrever, ou melhor, leiam e escolham o melhor e esqueçam os outros que vos passaram pela vista Ou então, não façam nada disso e escrevam à vossa vontade, ganhem experiência própria, que é o que tenho feito nestes últimos cinco anos, quase seis.
A minha intenção não é escrever um livro, não, de jeito maneira, como diz uma amiga minha, mas terminar o que escrevo. Rever e ficar contente com o resultado. Sofro de diletantism, essa é que é essa. Sou como o Carlos Maia de Os Maias. Ainda hei-de ficar no grupo dos Vencidos da Vida, como o Eça de Queirós.
No entanto, agora que penso (este testamento está a ser escrito agora), o meu grande incentivo a escrever e terminar algo, para além de uma imaginação fértil, eram as minhas amigas que gostavam de ler. Se bem que nem com elas eu terminei de escrever o que acumulei num dosseier A4 de lombada larga tem servido para um jogo projeto que já dura há dois anos e que me deixa sérias dúvidas. E depois, se escrevesse um livro, seria, claramente sobre o mundo do fantástico, algo que se tem vindo a banalizar cada vez mais.
Longe de mim parar de escrever, contudo, longe de mim escrever para nada, se nem do que crio gosto ao ponto de dizer, adoro.
Conclusão: 1) Serei, por enquanto, uma rapariga de grandes ideias e poucas finalidades.
 2) Preciso de saber como hei-de terminar uma segunda história.

Sorte nº17, que esta NamelessGirl vai fazer a sesta para o quarto.

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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire