Sinopse: "Hanna (Saoirse
Ronan) é uma adolescente que foi criada no frio da Finlândia pelo pai, um ex
agente da CIA (Eric Bana), como uma máquina perfeita para matar. Levando uma
vida totalmente diferente de qualquer outro jovem de sua idade, sua rotina
sempre foi voltada para cumprir uma missão. E quando este dia chega, ela vai
cruzar a Europa, enganando agentes experientes com os ensinamentos de seu
mentor, mas enquanto o alvo vai ficando cada vez mais perto, alguns segredos
sobre sua vida começam vir à tona, provocando uma revolução em sua
cabeça."
Opinião: Hanna foi uma película que, em termos de publicidade, deixou
muito a desejar. Parecia um novo tipo de filme de ação, porém, não podia estar
mais enganada. O enredo que nos é apresentado possui falhas e é confuso.
Hanna é uma
rapariga que vive com o seu pai na floresta há quinze anos. Nesse espaço de
tempo, ele ensinou-lhe tudo que ela deveria saber para sobreviver no mundo que
lhe era desconhecido, ou seja, o nosso mundo. Ela sabe falar mais línguas do
que qualquer pessoa comum, sendo uma delas o árabe. Sabe caçar, pois era da
caça que sobrevivia na floresta e lutar, devido à missão que lhe estava
destinada desde a morte da sua mãe.
Esta rapariga, mais
nova do que eu dois anos, quase três é uma assassina nata, não possuidora de
remorsos – o resultado de uma mutação genética realizada em mais vinte mulheres
grávidas, vinte e uma contando com a mãe de Hanna. O objetivo de tal trabalho
era criar o soldado perfeito, que não sentisse remorsos, medos e que fosse mais
hábil e forte que os restantes seres humanos.
Interrogo-me:
Como é que retiramos remorsos e medos a um feto ou criança que não conhece o
mundo nem tais conceitos?
Vendo esta operação
interrompida, a chefe deste projeto decide eliminar as “provas”, contudo,
Hanna é levada pelos pais. Durante a fuga a mãe de Hanna é morta pela tal chefe
e o seu pai foge com ela para a tal floresta.
Sei que me repeti,
no entanto, tinha de fazê-lo, pois não entendo porque é que ele não desapareceu
com a criança, dando-lhe uma vida normal. Porque é que a preparou para ser uma
criança soldado? Que tipo de pai é que ele é? Bem, com o filme ficamos saber
que não é o pai biológico, mas também não explicam quem é que ele é. Na
verdade, a relação dele coma mãe de Hanna não é explicada, tal como não é
explicada a relação dele com a chefe da organização que perseguem.
Ao contrário do que se espera num filme de ação, este quase que não há cenas de
suspense. As situações conseguem ser muito paradas, porque ela está a conhecer
o mundo e a entrar em contacto com outras pessoas, algo nunca antes feito.
Existem momentos engraçados, todavia, não os posso considerar de pura comédia,
porque esquecemo-nos deles logo de seguida, pois estamos interessados em saber
no que vai acontecer a seguir, ao fim de entendermos a razão de tudo
aquilo.
Como se não bastasse,
no final, todos que a ajudaram morreram - exceptuando a família com quem ela
viajou pela Europa, acho eu. Essa parte também não é explicada no filme.
- No final do filme, ela cumpre a sua missão, contudo, fica a pergunta:
Se todos em quem ela podia confiar morreram, para onde é que vai? Ninguém sabe,
o final é aberto, o espectador que use a sua imaginação. Porém, uma coisa é
certa, ela jamais será uma adolescente ou adulta comum, viverá sempre como uma
assassina treinada, pronta a matar caso se sinta em perigo.
Apesar de isto
tudo, vejam o filme e tirem as vossas próprias conclusões.
Sorte nº17, NamelessGirl
E o mais curioso é que me revi plenamente na tua primeira respostas 8depois do nome e idade). Quase que podia fazer copy e paste. :)
Ah! E também adoro animais.