Via-o sempre ali, sentado no mesmo banco, usando o mesmo casaco velho, de uma cor diferente, porque a original tinha-se ido com o tempo. A idade também já lhe pesava, assim como as camisolas de lã e o palitó mal usado. Devia ter medo do frio.
Sempre me questionei sobre o seu nome, a sua vida e sobre o porquê de passar tanto tempo a olhar para o céu, se este não contava histórias nem respondia a perguntas.
Houve dias em que tive uma certa coragem de me aproximar, de me sentar no mesmo banco, mas não de olhar para ele. Como é que lhe poderia dizer que estava interessada em falar com ele? E, além disso, que seria feita da minha curiosidade se ele me contasse tudo o que eu queria fazer?Que outro mistério teria?
Então, de ombros encolhidos por causa do frio, esqueci a minha coragem, levantei-me e afastei-me a passos largos caminhando para casa. Entre uma das minhas passadas, olhei para trás. O homem fitava o céu e anuiua com a cabeça, como se concordasse com alguma coisa vinda do firmamento.
Nameless
Adorei o que escreveste. COnsegui visualizar tudo o que tá escrito. Invrível!
ResponderEliminarOlá, olá!
ResponderEliminarJá experimentaste escrever em verso, tipo poesia? Reparo que tens jeito para escrever, incluindo textos soltos. Podias tentar ser uma poeta por umas horas. Acredito que te ias safar bem :)
Beijinhos*