Escutava cada bater de asas. Sentia-os a rodar e pousar sobre mim, como o lenço que caia sobre os meus olhos.
Não entendia os meus passos, contudo, tinha a certeza de que estavas ali, perto de mim. Só não falavas. Por que é que não falavas? Sabias que te procurava e que, sem ajuda, não te podia encontrar. Caminhei. Passo após tropeço, após queda. De lágrimas a dor. De negrume a negrume.
Todos os meus sentidos diziam que estavas por perto. Bastava-me tocar-te. Estiquei uma das mãos e travei, senti que o teu corpo desvanecia, carregado pelo vento. Soube então que não me querias, que de nada tinha valido a viagem, que tudo era um jogo. O teu jogo.
Voltei o rosto para os céus. Não sabia dizer que horas o sol marcava, ou onde estava a estrela polar, afinal, era sempre tudo igual. Tudo muito negro.
Sentei-me e encolhi-me sobre mim mesma, sem esperanças que regressasses e de voltar a ver o teu rosto. Afinal, não via. Era cega. E tu, eras o culpado da minha maldição.
Interrogo-me sobre o fim do mundo e sobre os vossos pensamentos.
Nameless
assim farei .. obrigada querida*
ResponderEliminarObrigada pelo comentário :) Eu sinto imensas saudades!
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminaradorei o teu comentário. :)
adoro a forma como escreves, lembra-me um outro blogue que tive onde escrevia assim. :)
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Olá Hedwig!
EliminarSê bem vinda ao Conversas com a Lua.
Obrigada pelo elogio, espero que continues a acompanhar o blog.
Smile, Nameless
eu ainda faço isso, todos os dias. e sim magoa imenso o que dizem, e apesar de calar nem sempre me torna mais forte as vezes faz exactamente o contrario :D
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