Este
pequeno excerto faz parte de uma história que tinha na gaveta há já algum tempo
e que chamou-me por ter saudades de ver a luz do dia.
“Raios S.!
Raios!
Confesso que conheço
erros e erros. Que já tive pensamentos macabros e ações ainda mais sórdidas, mas
esta ideia ultrapassou-me.
Quando soube que falaste
de mim ao L., a raiva ferveu-me no corpo, percorreu-me cada veia vital do meu
ser e evitou explodir junto ao homem que me diz amar, tal como tu dizes fazer.
Juraste nunca dizer o meu
nome, juraste nunca contar à ser algum que me conhecias, que eu existia, que
era verdadeira, porém, um homem apaixonado nunca cumpre uma promessa. Pelo
menos é o que tenho vindo a constatar nestes últimos meses.
Indago-me então: Pensaste
na tua promessa antes de dizer o meu nome? Pensaste nas consequências da tua
putativa paixão? Aposto que não, tenho a certeza que não!
Sou obrigada a confessar
que és um grandessíssimo filho da mãe. Egoísta e macho! Esse é o teu grande mal,
seres tão macho. Os homens que gostam de ter o poder nas mãos não conseguem
ficar sem se gabar, têm de o fazer. Creio que alguma vontade de falar aguça-vos
nas veias.
…”
Sorte nº 17, NamelessGirl
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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire