Que eu saiba, entre mim mesma, que me vejo humana, mutável e com capacidades de atingir o erro. Entenda eu, comigo mesma, que ainda sou um ser com limites a ultrapassar e a fixar. Entenda eu ainda, comigo mesma e com os outros, que fou falível e, (in)felizmente, extremamente orgulhosa. Que todas as noites, antes de me deitar, compreenda que ainda não encontrei o meu própósito, que a minha marca na vida dos outros não é assim tão grande, é mais diminuta e fácil de apagar. Que recorde também que as minhas palavras são passageiras e não marcantes, como o cântico poético de um filme.
Penso eu comigo mesma que a minha mente também mente, que ela grita e nada fala! Que eu consiga compreender, ao final de tantos anos de duvidosa existência, que afinal sou um copo com água que, a pouco e pouco, transborda. Eu, tu, vocês, nós! Nós somos copos que transbordam, copos que, depois de vazios, rolam por uma mesa mais conhecida por vida. E esta vai decidir se rolamos em direção à borda ou se paramos, permanecemos imóveis e silenciosos, num jogo que apenas ela sabe jogar. Se eu soubesse jogar o mesmo jogo, não olharia ser algum com inveja, se tu soubesses jogar não duvidarias dos teus passos, se eles soubessem jogar não receariam uma resposta. Mas como todos nós metemo-nos no jogo sem entender os passos, perdemos.
Ela brinca. Ela engana. Ela não chora! Ela, a vida, a mesa, não-quer-saber! Que nos tornemos cacos, que as nossas mentes de espalhem pelo chão imundo que nos espera. Que morramos, não é assim?
Ai... Que eu saiba entre mim mesma e o meu ser que as horas passam, os desejos mudam e as vontades também. Que saiba para mim de mim que tudo termina. Tudo, menos as palavras. Estas, apenas ajudam ou fazem com que qualquer coisa ganhe o seu final.
Tenham um bom domingo.
Nameless
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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire