Foi junto àquela terra fria e seca que te encontrei, jazido, morto, calado. Entre os meus passos largos e ideias postas, recordei-me de como eras um bom homem, como vias o horizonte como uma nova e eterna vida. O que ainda estava para chegar. No entanto, ali, estavas tu, ferido, maltratado pela chuva erosiv a e a terra que que cobria sem fazer passar o frio. Como suspiro por essa imagem. Não a possp apagar, estou pegada a ela, pois, pela primeira vez, conheci-te de uma maneira vulnerável, quita e pronta a encarar o final. Pois bem, eu não estava pronta para encarar aquela reta, para mim, ela nem deveria estar ali. Partias demasiado cedo sem dizer para onde ias, como é que foste, quem te obrigou a ir. É triste, muito triste, pois não me despedi. Vi-te sair por aquela porta, com um sorriso, e apenas reencontrei-te naquelecaminho sem plantas, onde muitos tinham caído sem nome e imagem. Sem ninguém que os levantasse e gritasse de fúria. Fica sabendo que gritei, de dor, fúria, por me sentir vítima de injustiça. Estavas morto. Aquela ideia estava ali, mas eu não, a consciência não, o desejo de te ter lutava contra a verdade.
Quem te teria colocado ali? Quem? Porquê? Porquê tu? Estava disposta a ver-te vivo, caso tivesse de morrer. Agora estou aqui, junto à tua cova, vendo o teu caixão cair, sobre um abismo para o qual me impedem de saltar. É justo? Tenho de chorar? Tu não chorarias, sofrerias um pouco, mas seguirias com mais facilidade que eu. Ai... Leva-me, torna-me parte de ti, por mim, pelo que ainda tento ser.
Não gostei deste texto, não me parece completo, contudo, tinha de colocar qualquer coisa em palavras.
Sorte nº17, NamelessGirl
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"Posso não concordar com uma só palavra tua, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lá."__ Voltaire